sábado, 30 de outubro de 2010

Enfermeira cria série de regras para livrar a sala de cirurgia do látex


Tudo o que contenha borracha, como luvas e o aparelho de anestesia, precisa ser substituído por silicone ou polivinil. A limpeza cuidadosa da sala arremata tudo, e pacientes alérgicos não correm risco.

GRAZIELA AZEVEDOCampinas, SP





As reações variam de pessoa para pessoa. Podem até começar suavemente e irem aumentando, piorando com o tempo, mas, quando a reação vem violenta, é capaz de tomar conta de tudo e até tirar o ar.
No dia a dia, quando alguém tem uma crise alérgica, normalmente tem um tempo para investigar as causas e evitar que o problema se repita. E quando a descoberta acontece dentro de uma sala de cirurgia. Já imaginou o susto?
Há menos de um mês, o pequeno João Gabriel passou por esse susto, enquanto fazia uma cirurgia para retirada de um cálculo, uma pedra dentro da bexiga. “Ele teve muito prurido, muita coceira no corpo. Os olhos incharam, ficaram vermelhos”, explica o cirurgião pediátrico Renato Bonfá.
Em casos como o de João Gabriel, os médicos socorrem o paciente com medicamentos e outros procedimentos, mas o paciente aberto fica muito exposto aos alérgenos e o perigo é enorme. “A criança pode até ir a óbito, pode morrer, se tiver uma resposta inflamatória muito exacerbada”, aponta o cirurgião.
É para evitar o risco que Regina Feu entra em ação. Enfermeira do Hospital de Clínicas de Campinas, ela criou uma série de regras para livrar a sala de cirurgia do látex, quando o paciente é alérgico à borracha ou teve reações com alimentos como mandioca, kiwi. “Eu fiz a lista de todos os materiais que eu precisava para todos os tipos de cirurgia. Cheguei a 750 materiais”, afirma Regina Feu.
De luvas, a respiradores, de cateteres ao aparelho de anestesia, tudo o que contenha borracha precisa ser substituído por silicone ou polivinil. Quase tudo é importado e, muitas vezes, é preciso improvisar. “Coloco no saco plástico para evitar o contato. Só tem uma marca do estetoscópio no mercado sem o látex. É difícil comprar e muito caro”, aponta a enfermeira.
Uma limpeza cuidadosa da sala arremata tudo, e, assim, pacientes alérgicos não correm risco.
Tudo o que há de mais novo e também cada detalhe já conhecido sobre alergias está sendo reunido. Um conjunto de computadores coletando informações dos maiores centros de pesquisa e tratamento do mundo.
“Eu busco tudo que tem de diferente, dados clínicos, informações sobre alergenicidade, informações sobre experimentos que foram feitos”, declara a cientista da computação Helen Arcuri.
Em um clique, a base de dados construída por Helen no serviço de imunologia do InCor poderá ser consultada por pesquisadores, médicos e pacientes. Já estão catalogadas mais de 1,7 mil substâncias que provocam alergias, mas é preciso ficar de olho, porque o número não para de crescer.
“Eu tenho um programinha que traz tudo que entrou de novo em um determinado período. A cada quatro meses, ele espia para mim. Aí, eu adiciono no meu banco essas novas proteínas que estão entrando”, explica Helen.
Para a pesquisa da mandioca, a cientista da computação não vai nem precisar de espião, o resultado vai sair da sala ao lado e entrar para o mais completo banco de dados sobre alergia do mundo.

Doença celíaca: quase 2 milhões de brasileiros não podem comer glúten


Com o tempo, as paredes do intestino vão inflamando, atrofiando e perdem a capacidade de absorver nutrientes dos alimentos, e até os remédios podem deixar de fazer efeito.

GRAZIELA AZEVEDOSão Paulo





É trabalho para detetive. De lupa na mão, a psicóloga Cláudia Ferreira Pinto vasculha as embalagens do supermercado. Achar o que procura é missão para olho vivo. “Nesse produto, eu não achei a inscrição ‘contém ou não contém glúten’ na relação de ingredientes. Eu vou ter que procurar no pacote para ter certeza. A gente vê embaixo”, afirma.
As letras miúdas são um inferno na vida de quem tem doença celíaca - um mal que começa no intestino abrindo as portas para uma variedade de doenças e sintomas que desafiam médicos e confundem quem sofre.
A farinha fina usada em pães, macarrão, doces e tanta coisa boa é um veneno para quem tem a doença celíaca. O problema é o glúten, uma proteína encontrada no trigo, no centeio, na aveia, na cevada e no malte. Doença celíaca não é alergia, é intolerância alimentar ao glúten e ele tem que ser cortado da dieta.“Foi feito um cálculo de que 1% da população mundial tem doença celíaca e não sabe. Então, você imagina quantos habitantes têm o Brasil e quantos celíacos estão andando por aí que não sabem que são celíacos”, ressalta a médica Lorete Kotze.
Para o celíaco, cada guloseima feita de farinha que tenha glúten é uma agressão ao sistema digestivo. Com o tempo, as paredes do intestino vão inflamando, atrofiando e perdem a capacidade de absorver nutrientes, como o cálcio e o ferro dos alimentos, e até os remédios podem deixar de fazer efeito.
Em Curitiba, encontramos uma turma que é um retrato da doença no Brasil. Ao todo, 75% dos pacientes são mulheres. Obter o diagnóstico é missão dificílima.
“Diziam que era depressão, sistema nervoso”, revela a administradora aposentada Evangeline Montardit. “Fiquei uns oito meses com muita diarréia. A minha tireóide descompensou. Eu fui em dez médicos em um mês”, diz a nutricionista Maria Fernanda Ligocki.
“Eles ficam fazendo o que eu chamo de tour. Eles começam ir a tudo quanto é médico, e cada um dá um palpite, dá um diagnóstico. E, na realidade, se ele fizer o diagnóstico de doença celíaca, ele resolve tudo o que precisa ser resolvido”, declara a médica Lorete Kotze.
Foi exatamente o que aconteceu com todos da Associação dos Celíacos do Paraná. Matheus Correia, de 12 anos, o caçula do grupo, chegou a ser diagnosticado como hiperativo. “Teve casos em que eu chegava a desmaiar de fraqueza, cansaço”, relata.
Foi só cortar o glúten da alimentação e tudo mudou. “Em seis meses, as pessoas me perguntavam se eu tinha feito uma lavagem cerebral no Matheus, porque ele mudou totalmente. Ele é uma criança calma. Aprendizagem dele, que ele tinha muita dificuldade, mudou totalmente”, conta Marisli Correia, a mãe do menino.
A Doutora Lorete explica que o diagnóstico capaz de mudar a vida do celíaco vem com um exame de sangue e uma biópsia feita em uma endoscopia especial. Assim se descobre o problema que é genético e pode até nunca se manifestar, mas ele está adormecido, podendo acordar com o tempo, uma infecção, uma cirurgia, um momento de estresse.
Em reuniões, os celíacos trocam informações preciosas e muitas receitas. Cada um leva o que vai aprendendo a fazer: quibe, coxinha e até empadinha.
“É um pão integral com farinha de arroz integral, farinha de soja integral, farinha de amaranto e amido. Eu fiz uma mistura dessas quatro farinhas”, explica uma das mulheres do grupo.
Em casa, as receitas da psicóloga Cláudia Ferreira Pinto também fazem sucesso. Ela prepara uma massa de pizza com mistura pronta de pão de queijo.
Depois de pré-assada, é só cobrir a gosto e dar uma última aquecida. As filhas adoram. “Ela chega a ser melhor que a pizza comum. A massa ela dá um toque totalmente diferente”, comenta uma das filhas da psicóloga.
Especialistas em driblar as dificuldades todos eles são, mas não dá para esconder que de vez em quando bate aquela nostalgia. Todos revelam que morrem de saudade do tradicional pão francês.

Confira as sete dicas essenciais para viver mais e melhor

De acordo com o geriatra Renato Maia, o estilo de vida é primordial para quem procura elevar a qualidade de vida.









Viver muito e viver bem. A genética anuncia novas descobertas. Os especialistas já chegaram a um consenso: a receita mais eficiente depende de algumas dicas simples, que podemos adotar em qualquer idade. Confira:
Dica 1: se sentir útil

“Quem é útil tem o que fazer, tem lições, tem atividades. Ser lembrado por isso mantém a pessoa viva, mantém a pessoa alegre e a convida a viver muito tempo.”
Dica 2: atividades físicas
“Eu diria que a atividade física também está incluída nesse pacote de vida longa, porque ela também gera alegria e satisfação, ao mesmo tempo em que gera benefícios para o organismo.”
Dica 3: bom humor
“É preciso ver a vida com bom humor. Muitas pessoas olham a vida procurando ressaltar as dificuldades, mas um dos melhores fatores de viver muito bem é a capacidade de enfrentar e superar as adversidades da vida.”
Dia 4: saber perdoar
“Mágoa mata. É preciso ficar livre das magoas, tornar a vida mais leve, saber perdoar. Quando perdoamos, é claro que o outro se beneficia, mas o maior beneficiado somos nós mesmos.”
Dia 5: comer menos
“As pesquisas que mostram que as restrições calóricas, ou seja, a diminuição das calorias no alimento, aumentam o tempo de vida. Então, não comer muito.”
Dica 6: coma peixe pelo menos duas vezes por semana
“A dieta mais apreciada em relação à longevidade é a Dieta do Mediterrâneo, que tem peixe, um pouquinho de arroz, verdura, legume e muito azeite.”
Dica 7: dormir bem
“Viver muito não é uma promessa. Viver muito já é uma realidade para todos nós. Nosso compromisso agora não deve ser apenas viver muito, é fundamentalmente viver bem.”

domingo, 24 de outubro de 2010

DOENÇAS ASSOCIADAS À DOENÇA CELÍACA


OSTEOPOROSE
Osteoporose é uma situação de enfraquecimento dos ossos, tornando-os mais frágeis. Isto facilita a ocorrência de fraturas conseqüentes a traumas muito pequenos, como uma queda da própria altura ou durante o exercício de atividades diárias, como suspender uma sacola de supermercado, arrumar a cama, abrir uma janela, etc. Isto ocorre por um desequilíbrio do metabolismo ósseo.

O osso é um órgão bastante dinâmico, responsável por uma serie de funções, de possibilitar a sustentação e movimentação do corpo e proteção de órgãos nobres, como cérebro, pulmão e coração. Ele é o grande reservatório de minerais com o cálcio, fósforo e magnésio, e a partir de sua medula são formadas as células sangüíneas. Portanto, o osso é um órgão bastante dinâmico, que está constantemente sendo renovado, através de um processo de reabsorção do tecido antigo e substituição por um recém-formado. Desta forma, para que ele permaneça saudável, é necessário que exista um equilíbrio entre estes dois processos: reabsorção e formação óssea. Nas situações em que a reabsorção se sobrepõe à formação, ocorre a perda óssea, que resulta na osteoporose, isto é, em uma situação onde o risco de fraturas está muito aumentado. Uma forma de medir este risco é através da densitometria óssea. Este exame mede a quantidade de tecido contendo cálcio, portanto nos dando uma idéia da quantidade de osso existente neste tecido. Quanto menor esta quantidade, maior o risco de uma fratura por fragilidade.
Ganhamos bastante massa óssea até o final da adolescência, entre 20 e 25 anos de idade, quando atingimos uma fase chamada de pico de massa óssea. É quando nosso esqueleto incorpora maior quantidade de cálcio, e fica mais resistente. Devemos tomar o cuidado para que, nesta fase, as condições ideais sejam oferecidas ao nosso organismo, para que ele possa incorporar a maior quantidade de cálcio possível. Sedentarismo, desnutrição ou doenças que acometam a pessoa nesta fase da vida podem prejudicar o pico de massa óssea.
A partir dos 25 a 30 anos, iniciamos, tanto homens como mulheres, uma perda gradual deste osso acumulado, perda esta que se acentua na mulher durante o climatério. Podemos imaginar, então, que uma série de situações que nos acometem ao longo da vida pode interferir na velocidade desta perda. O exercício físico, uma alimentação saudável e rica em cálcio e a ausência de fatores nocivos ao osso são capazes de reduzir a velocidade de perda dos nossos estoques, postergando a osteoporose. Por outro lado, situações como tabagismo, alcoolismo, alguns remédios como os corticóides, uma menopausa precoce ou a ocorrência de doenças mais sérias nesta fase da vida aceleram o processo de perda óssea, instalando a fragilidade óssea.
Com o aumento da expectativa de vida, a osteoporose e as fraturas - suas temidas conseqüências - tornaram-se um risco cada vez mais real e a sua prevenção deve ser uma preocupação presente durante todas as fases da vida.
Dra. Marise Lazaretti Castro
Doutora em Endocrinologia
Chefe do Ambulatório de Doenças Oste-metabolicas e Fragilidades ósseas
Disciplina de Endocrinologia da UNIFESP-EPM

OSTEOPOROSE E DOENÇA CELÍACA
Vários estudos demonstram a presença de diminuição da massa óssea nos indivíduos com doença celíaca não tratada. Esse fato pode ser observado nas crianças, adolescentes ou adultos, que no momento do diagnóstico da doença celíaca realizaram o exame de densitometria óssea.
Os indivíduos com doença celíaca podem apresentar osteoporose como um sinal isolado, isto é, a única manifestação clínica da doença é a osteoporose, ou podem apresentar a osteoporose associada com outros sintomas. Assim, por exemplo, essas pessoas apresentam diarréia crônica, e também a osteoporose.
Vale a pena mencionar que um indivíduo com massa óssea diminuída, na maioria das vezes, não apresenta sintoma relacionado a essa alteração óssea. Assim, a pessoa que tem massa óssea alterada não tem conhecimento disto, a não ser que realize o exame de densitometria óssea.
Por que as pessoas com doença celíaca sem tratamento têm osteoporose? A perda óssea está relacionada com a má absorção de cálcio que ocorre devido à atrofia da mucosa do intestino. Como a vilosidade intestinal está atrofiada não é possível absorver o cálcio presente nos alimentos. A não absorção do cálcio acarreta aumento de um hormônio denominado paratormônio que acelera a perda óssea. Outro fator relacionado à baixa densidade óssea no celíaco não tratado é a má absorção de vitamina D. Dentre os demais fatores que contribuem para a baixa densidade óssea no celíaco sem tratamento estão: baixo consumo de cálcio, baixa atividade física, e efeitos da liberação de citocinas, que são substâncias liberadas pelo intestino alterado.
Com relação ao consumo alimentar de cálcio, vale a pena conferir na Tabela 1 quais são os principais alimentos que são fontes de cálcio. No estudo que realizamos no ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica da UNIFESP-EPM, observamos que a ingestão de cálcio dos celíacos é extremamente baixa. De acordo com as recomendações para uma dieta correta, considerando que 100% de cálcio correspondem à quantidade ideal de cálcio ingerido, verificamos que crianças e adolescentes com doença celíaca ingeriam apenas 15% das necessidades recomendadas de cálcio. Veja na Tabela 2 qual é a quantidade necessária diária de cálcio recomendada para a sua idade. Algumas dicas para aumentar o consumo de cálcio: café da manhã - iogurte ou leite batido com frutas, e queijo; almoço e jantar - colocar cubinhos de queijo na salada, adicionar leite nas sopas e fazer sobremesas com leite.
O que o celíaco deve fazer para que a massa óssea se normalize? O celíaco deve realizar a dieta sem glútenatividade física.
É importante enfatizar que, quanto mais tardio o diagnóstico e tratamento de doença celíaca, maior o tempo de má absorção de cálcio e consequentemente maior a perda óssea. Deve-se lembrar que a mineralização óssea ocorre principalmente nos dois primeiros anos de vida e na adolescência. Por essa razão, a adequada mineralização óssea na infância e adolescência é considerada um fator relevante na prevenção da osteoporose na vida adulta.
Qual a conseqüência do indivíduo com doença celíaca apresentar baixa densidade mineral óssea? A conseqüência é que o osso enfraquecido tem risco elevado de apresentar fraturas. As complicações decorrentes das fraturas podem causar perda da qualidade de vida e, até mesmo risco da própria vida.
Um trabalho recente demonstra que a pessoa com intolerância ao glúten tem maior chance de ter fratura óssea, e que na maioria das vezes a fratura ocorreu antes do diagnóstico e tratamento da doença celíaca ou nos indivíduos com doença celíaca que não obedeciam à dieta sem glúten. Esse estudo reafirma a necessidade de estabelecer o diagnóstico e tratamento precoce, assim como, de obedecer à orientação alimentar prescrita para prevenir a ocorrência de osteoporose no celíaco.
Tabela 1. Quantidade de cálcio em 100g de alimento.

Alimento

mg de cálcio
em 100g de alimento

Medida caseira equivalente a 100g

Leite B

119

¾ copo americano

Leite C

122

¾ copo americano

Leite desnatado

123

¾ copo americano

Leite de búfala

169

¾ copo americano

Leite de cabra

133

¾ copo americano

Leite em pó integral

912

14 colheres de sopa

Leite condensado

283

5 colheres de sopa

Iogurte integral

121

½ unidade

Iogurte Desnatado

183

½ unidade

Iogurte de frutas

169

1 unidade

Milkshake

146

¾ copo americano

Sorvete

132

2 bolas

Sorvete de frutas

50

2 bolas

Requeijão cremoso

207

3 colheres de sopa

Queijo minas fresco

685

3 fatias médias

Queijo prato

721

10 fatias finas

Queijo mussarela

517

10 fatias finas

Queijo camembert

388

2 fatias

Queijo fundido

772

3 ½ porções

Queijo gorgonzola

527

3 ½ porções

Queijo parmesão

1.253

10 colheres de sopa

Queijo provolone

755

5 fatias finas

Queijo polenguinho

500

5 unidades

Queijo suíço

961

3 fatias

Ricota

207

2 ½ fatias

Agrião cru

120

2 pratos sobremesa

Almeirão cru

100

1 ½ prato sobremesa

Brócolis cozido

114

3 ramos médios

Couve crua

135

1 prato sobremesa

Couve cozida

72

2 pires de chá

Escarola crua

52

20 folhas médias

Espinafre cozido

136

3 colheres de sopa

Suflê de queijo

201

1 pedaço médio

Adaptado: UNITED STATES OF AMERICA. Human Nutrition Information Service. Department of Agriculture.Composition of foods. Raw, processed, prepared foods. Agriculture Handbook no 8 – Series 1-16.
Tabela 2. Recomendações para o consumo de cálcio segundo a DRI - Dietary Reference Intakes -1997


Idade (anos)

consumo de cálcio (mg/dia)

1 - 3

500

4 – 8

800

9 - 18

1.300

19 - 50

1.000

acima de 50

1.200

Prof. Dra. Vera Lucia Sdepanian
Disciplina de Gastroenterologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)
Consultora técnico-científica da ACELBRA-SP
fonte FENACELBRA - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil