sábado, 9 de julho de 2011

Médicas explicam por que pessoas soluçam e têm intolerância ao glúten




Bem Estar recebeu a gastroenterologista Vera Lúcia Sdepanian.
Pediatra Ana Escobar também falou das causas de soluço e doença celíaca.











Todo mundo soluça, seja sempre ou raramente. Alguns acreditam que “engoliram” ar, mas na verdade o problema ocorre quando o diafragma, um músculo abdominal, se contrai involuntariamente.
O Bem Estar  falou sobre mitos e verdades do soluço, principalmente na hora de acabar com ele. Do estúdio, participaram a pediatra Ana Escobar e a gastroenterologista pediátrica Vera Lúcia Sdepanian, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O soluço acontece quando o nervo frênico, motor do diafragma, envia um sinal de choque ao músculo, que puxa o pulmão para baixo e força a entrada de ar pela boca. Uma rajada a 120 quilômetros por hora “atropela” a glote e faz as cordas vocais vibrarem. É aí que sai o som. Esse ar chega até os pulmões e enche os alvéolos com pressão, o que às vezes causa dor.
Segundo a dra. Vera Lúcia, soluçar mais de dois dias deve ser um sinal de alerta – o normal é que esse seja um evento pontual e passageiro. E, de acordo com a dra. Ana, essa reação não é uma defesa do organismo, como a tosse ou o espirro, mas um espasmo que enche o pulmão de ar.
O álcool também pode provocar soluço, porque irrita o estômago e o esôfago, e tudo o que irrita ou distende o tubo digestivo desencadeia esse sintoma. O frio também pode contrair a musculatura do diafragma, principalmente em bebês e crianças. Amamentá-los e aquecê-los pode resolver a situação.
Doença Celíaca
O programa falou, ainda, sobre glúten, uma proteína presente em muitos alimentos à base de grãos, e doença celíaca, que é a intolerância permanente a essa proteína. Só no Brasil, são cerca de 2 milhões de portadores.Glúten (Foto: Arte/G1)
Nesses pacientes, a substância agride e danifica as vilosidades do intestino delgado, prejudicando a absorção dos alimentos. O risco genético é maior quando um familiar de primeiro grau tem a doença. E o diagnóstico pode ser feito por exame de sangue e biópsia do intestino.
O repórter João Gabriel Bressan foi até Salesópolis, a 800 quilômetros da capital paulista, para ver como a família Vendramin mudou de dieta depois que descobriu que o filho Caio, de 11 anos, não pode mais comer pizza, pão, bolacha e outros produtos com glúten. O irmão mais novo, Iago, "dá uma força" e come escondido para Caio não passar vontade.
Em um laboratório de pesquisas da Universidade de Mogi das Cruzes, os cientistas estudam formas de fazer alimentos saborosos sem glúten. No mercado, esses produtos costumam ser mais caros, mas encontrados facilmente em supermercados e lojas especializadas. Na cesta básica, o preço sobe de R$ 230 (normal) para R$ 316 (sem glúten), uma diferença de 37%.
Para saber mais sobre a doença celíaca, visite o site da Federação Nacional das Associações dos Celíacos do Brasil (Fenacelbra) e o da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra).
Receita de bolo de iogurte sem glúten
Ingredientes
- 1 copo de 170 g de iogurte natural
- 200 gramas de creme de arroz
- 3 ovos
- Óleo de canola (medida de 1 copo de iogurte menos um dedo)
- 1 colher de sopa de fermento
- 1 pitada de sal (para as claras em neve)
- Fermento, manteiga e polvilho

Preparo
Bater as claras em neve e depois os outros ingredientes separadamente, inclusive as gemas dos ovos. Acrescentar a clara em neve e colocar o fermento em pó na massa. Em uma forma untada com manteiga e polvilhada com açúcar e canela, despejar a massa. Levar ao forno por 30 a 45 minutos em potência média.
A receita é da culinarista Nildes de Oliveira Andrade.
Fonte: Programa Bem Estar - Rede Globo - de 02.02.2011-