A atriz Carolinne Lima sofre com constantes enxaquecas e resolveu pedir ajuda do "Alternativa Saúde". O neurologista Oscar Bacelar sugere um tratamento preventivo e pede que Carolinne evite tomar analgésicos em excesso. Nas horas de crise, um quarto escuro sem barulho e um pouco de gelo na cabeça podem diminuir a dor. Já a terapeuta ayurvédica Cristiane Ayres recomenda chá de hibiscus e uma massagem com óleos aromáticos. Confira essas e outras dicas:
dicas de alimentação natural, dietas especiais para celíacos, diabéticos ou com qualquer outra restrição alimentar, além de dicas para preservação do Planeta
quarta-feira, 13 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Combate à resistência microbiana é tema do Dia Mundial da Saúde
BRASÍLIA – A proliferação das bactérias e de outros microorganismos resistentes à maior parte dos medicamentos requer atenção por parte dos governos e das autoridades médicas. É com esse alerta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o combate à resistência microbiana como tema do Dia Mundial da Saúde deste ano, comemorado hoje.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o avanço desses microorganismos ameaça a eficácia de vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer e o transplante de órgãos. Além disso, a resistência microbiana deixa as pessoas doentes por mais tempo, eleva o risco de morte e torna os tratamentos caros. No ano passado, foram registrados, pelo menos, 440 mil casos de tuberculose multirresistente e 150 mil mortes em mais de 60 países.
“Os antibióticos estão cada vez mais incompetentes no sentido de eliminá-las”, disse ele. As superbactérias circulam, principalmente, dentro dos hospitais. Por isso, pacientes internados em unidades de terapia intensiva ou com saúde muito debilitada ficam mais suscetíveis à infecção.
Para enfrentar a resistência microbiana, o ozônio pode ser uma alternativa. O imunologista Glacus Brito desenvolveu uma pesquisa em que já conseguiu matar dez tipos de bactérias resistentes depois de ficarem cinco minutos expostas ao ozônio.
“O ozônio pode ser uma grande alternativa no controle dessas bactérias. A ação do ozônio é diferente do antibiótico. Ele rompe, fura, queima e destrói a parede da bactéria”, explicou. Dentro de dois meses, o pesquisador e sua equipe devem iniciar os testes de desinfecção de salas de cirurgia e leitos com vaporização de ozônio.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Arco-íris de sabores
Além de tornar o prato mais convidativo, diversificar as cores e os ingredientes das refeições proporciona ao corpo (e à saúde) mais harmonia
Tão poderosa quanto a fome, a visão está diretamente associada à sensação de água na boca quando deparamos com um prato apetitoso. "Os primeiros instantes desse encontro não deixam dúvida sobre o poder das cores de encantar os olhos e aguçar o paladar", afirma o chef de cozinha Fábio Barbosa, do restaurante La Mar, em São Paulo. Não é difícil entender. Basta comparar a atração exercida por um prato com arroz branco, feijão, batata e frango com outro cheio de tomate, cenoura, folhas verdes e peixe. Preferências à parte, a festa de cores proporcionada por alguns tipos de alimentos aguçam os sentidos e, rapidamente, provocam a fome.
Generosa, a mãe Natureza "pintou" hortaliças e frutas de tons vibrantes como amarelo, laranja, vermelho, roxo, verde e outras tantas nuances intermediárias. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que tamanha beleza vinha das vitaminas e dos sais minerais contidos nos alimentos. Mas, pesquisas recentes revelaram que os responsáveis por esse belo arco-íris são os pigmentos, ao todo mais de 600. Alguns alimentos vermelhos, como o tomate, são ricos em licopeno; os verdes, como o espinafre e a couve- manteiga, são abundantes em betacaroteno e luteína. "Essas substâncias são ricas em antioxidantes, inimigos dos radicais livres, agentes responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelo surgimento das doenças degenerativas", diz a nutricionista gaúcha Bia Rique, autora do livro Comer para Emagrecer, uma Filosofia Nutricional (ed. Casa da Palavra).
Mais um argumento imbatível para deixarmos de lado a monotonia do prato e variar o máximo possível. E tem mais: segundo Bia, quanto mais ingerimos alimentos com diferentes tonalidades, maior o potencial antioxidante em nosso organismo.
Para não errar nessa alquimia, basta observar se suas refeições contêm no mínimo três cores e, dentre elas, as duas citadas acima - consideradas essenciais no cardápio. Caso contrário, sinal amarelo: é hora de ampliar suas escolhas.
Primeiro, coloque no prato o que você mais gosta. Depois, avalie se estão presentes os ingredientes-chave de uma boa dieta. "Grãos, carnes, leite e derivados têm macronutrientes como carboidratos e proteínas, mas não chegam nem perto do ideal", afirma a nutricionista Bia Rique. Ela ressalta que sem legumes, verduras, raízes, frutas e oleaginosas, o pacote fica incompleto. "Juntos eles agem para o bom funcionamento do cérebro, do metabolismo, e mantêm a integridade física", diz a nutricionista Vanderlí F. Marchiori, da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva.
Além disso, ao selecionarmos sabores diferentes, o visual do prato fica mais apetitoso e saudável. "Cada alimento traz nutrientes diversos, importantes para suprir as necessidades específicas do organismo e, assim, conseguir realizar suas funções de forma equilibrada", afirma a nutricionista Adriana Kachani, da Clínica Pacaembu, em São Paulo. Segundo ela, quando falta algum deles, o corpo emite os primeiros sinais de alerta: queda de cabelo, pele sem viço e unhas fracas. "Isso indica que algo está deficitário e pode até trazer complicações maiores se não for resolvido", diz Adriana.
PARA BRILHAR
Agora que você já descobriu o truque de uma alimentação equilibrada, aprenda como valorizar os tons naturais dos alimentos e deixar os pratos ainda mais bonitos e apetitosos. "Ao serem cozidos demais, alguns vegetais como brócolis, aspargos e vagem podem perder a cor", diz o chef de cozinha Fábio Barbosa, do restaurante La Mar, em São Paulo. "Por isso, o ideal é cozinhá-los ao vapor ou com água fervente e sempre moderar no tempo de cozimento", afirma.
Também vale a pena seguir a regra básica de todos os chefs: se não for servir imediatamente, pegue o alimento e coloque-o em uma panela com água e gelo para manter sua tonalidade. E, caso queira dar um brilho extra ao prato, siga a dica da chef Carole Crema, consultora da rede de restaurantes Wraps: pincele um pouco de azeite ou manteiga. Outro lembrete imprescindível: respeite o tempo natural dos ingredientes. "Veja se é época, assim você não corre o risco de comer algo sem cor e sabor", diz a chef Priscila Herrera, do restaurante Banana Verde, de São Paulo.
Em suma, siga a lei: varie, mude, observe e seja criativa. "Quando entendemos que é mais saudável, mais bonito e resgata o desejo de comer, passamos a querer brincar com as cores e os ingredientes", afirma Barbosa.
Nutricionista Beatriz Rique, representante da AODA (American Overseas Dietetic, no Brasil, e as nutricionistas Bruna Murta e Natalia Lautherbach, da rede Mundo Verde)
fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/prato-convidativo-diversificar-cores-ingredientes-refeicoes-corpo-620973.shtml
domingo, 3 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
Doença celíaca: que bicho é esse?
Você já reparou nas inscrições "contém glúten" ou "não contém glúten" das embalagens de alimentos? Pois é, não estão lá à toa. São fruto de uma lei que obriga as indústrias alimentícias a identificarem a presença ou ausência dessa proteína. Isso porque o glúten desencadeia uma série de problemas ao organismo das pessoas portadoras da doença celíaca, e não são poucas.
Segundo um estudo apresentado no início de 2007 pela Unifesp, que analisou o sangue de 3 mil doadores, 1 em cada 214 eram celíacos. Seguindo essa média, estima-se que no Brasil existam quase 4 milhões de portadores da doença, a maioria sem sequer desconfiar da sua existência. Um número que merece atenção, pois a doença celíaca é responsável por disfunções que vão desde desnutrição, perda de peso, osteoporose até câncer de intestino. Como os sintomas são comuns a diversos outros males, muitas vezes a pessoa não desconfia que tem a doença e passa anos enfrentando enfermidades e incômodos que poderiam ser evitados com o tratamento. Saiba quais são esses sintomas, como é feito o diagnóstico, as conseqüências da doença, o que acontece ao organismo, qual o tratamento, como pode ser a vida sem o glúten e muito mais!
Como o problema se manifesta
Não é regra, mas o sintoma mais corriqueiro da doença celíaca é a diarréia crônica. Fezes líquidas ou moles de cor clara são sinal de que alguma coisa não vai bem no sistema digestivo. Essa coisa pode ser a não absorção dos nutrientes pelas paredes do intestino delgado, provocada pela patologia. Isso vale para qualquer faixa etária. "A doença celíaca pode se manifestar tanto em bebês, adolescentes, adultos como em idosos", explica o gastroenterologista José César Junqueira, professor e pesquisador da UFRJ. Outros sintomas frequentes são perda de apetite, distensão abdominal e anemia crônica.
"Não se sabe o porquê, mas em alguns casos a prisão de ventre crônica também é sintoma da enfermidade", afirma Junqueira, completando, "certos problemas crônicos sem explicação aparente, que não respondem aos tratamentos, podem ser resultado da doença celíaca, por isso é tão importante médicos e pacientes estarem atentos a essa possibilidade", orienta. Entre tais problemas estão infertilidade feminina, abortos espontâneos de repetição, hepatite crônica, alterações de humor, apatia e até distúrbios neurológicos, como a ataxia por glúten.
"A ataxia (que provoca desequilíbrio motor, entre outras coisas) geralmente é causada por alterações do cerebelo, mas pode também ser desencadeada pela doença celíaca", explica a gastroenterologista Vera Lúcia Sdepanian, professora e pesquisadora da Unifesp, em São Paulo. "Mesmo alterações psiquiátricas como a depressão podem ser uma conseqüência, e um sintoma", ressalta.
Como o intestino absorve nutrientes e o que é a doença celíaca
Entenda o que acontece com o intestino das pessoas com doença celíaca e porque provoca tantos males
1) As paredes internas do intestino delgado possuem vilosidades que são como "braços", responsáveis pela absorção de macronutrientes como proteínas e carboidratos, e micronutrientes, como vitaminas, ferro, cálcio, entre outros.
2) Quando uma pessoa com doença celíaca ingere alimentos com glúten, essa proteína, ao checar no intestino, estimula a produção excessiva de linfócitos intraepteliais, que são anticorpos contra o glúten, principalmente os de tipo IgA.
3) Os anticorpos atuam sobre as vilosidades internas do intestino, que se atrofiam e vão deixando de desempenhar a sua função de captar os macro e micronutrientes.
4) Os nutrientes são eliminados com as fezes. Assim, não caem na corrente sanguínea e não chegam onde deveria chegar, provocando deficiências nutricionais graves.
1) As paredes internas do intestino delgado possuem vilosidades que são como "braços", responsáveis pela absorção de macronutrientes como proteínas e carboidratos, e micronutrientes, como vitaminas, ferro, cálcio, entre outros.
2) Quando uma pessoa com doença celíaca ingere alimentos com glúten, essa proteína, ao checar no intestino, estimula a produção excessiva de linfócitos intraepteliais, que são anticorpos contra o glúten, principalmente os de tipo IgA.
3) Os anticorpos atuam sobre as vilosidades internas do intestino, que se atrofiam e vão deixando de desempenhar a sua função de captar os macro e micronutrientes.
4) Os nutrientes são eliminados com as fezes. Assim, não caem na corrente sanguínea e não chegam onde deveria chegar, provocando deficiências nutricionais graves.
Onde está o glúten
Atenção fanáticos por pães, massas e cervejinha: se for portador da doença celíaca, vai ter que mudar as preferências. Isso mesmo. O glúten está presente no trigo e também na aveia, centeio, cevada, malte e nos derivados de cada um deles. Integram esse abundante grupo os pães, massas, cerveja, uísque e uma infinidade de produtos industrializados que contêm glúten em suas fórmulas.
Em 1992 foi instituída uma lei no Brasil estabelecendo que todos os produtos alimentares que possuem algum desses itens em suas fórmulas deviam trazer na embalagem a inscrição "contém glúten". Em 2003, outra lei determinou que qualquer produto alimentício deve exibir na embalagem a indicação "contém glúten" ou "Não contém glúten". O problema é que a legislação ainda não está sendo cumprida à risca, pois muitas indústrias não possuem tecnologia para realizar exames nos alimentos que identifiquem a presença ou ausência da proteína.
Na tentativa de disponibilizar essa tecnologia e viabilizar a sinalização dos produtos como pede a lei, o departamento de gastrenterologia da Unifesp montou um laboratório que realiza essa medição. "É um trabalho pioneiro no Brasil, que faz a detecção do glúten em qualquer alimento", explica Vera Lúcia Sdepanian, autora da tese de doutorado que resultou na criação do laboratório, em 1999. Assim, as indústrias enviam seus produtos para serem analisados. Se você está pensando em levar um alimento de casa para testar, desista, o laboratório não é aberto ao público em geral.
Tratamento
Não tem jeito, o único tratamento para a doença celíaca é cortar o glúten da dieta. Medicamentos, por enquanto, só em fase de pesquisa. Pesquisadores na Europa estão testando vacinas que atuariam sobre o sistema imunológico do intestino, mas são estudos que ainda precisam percorrer um longo caminho. Até lá, adeus glúten. Em um ano as vilosidades e a mucosa intestinal se normalizam e em poucos dias após corta-lo da alimentação os sintomas desaparecerem.
Parece simples, mas não é. "É difícil, sobretudo para os adolescentes, cortar o glúten da alimentação, e a doença vai se tornando crônica, os problemas vão surgindo", diz José César Junqueira. Para tornar o tratamento mais tolerável, é preciso substituir alguns alimentos favoritos. Entram aí derivados do milho, como amido de milho, farinha de milho, fubá, derivados do arroz, como a farinha de arroz, derivados da batata, tal qual a fécula de batata. "Por sorte no Brasil ainda temos a mandioca, da qual temos farinha, polvilho azedo, polvilho doce e tapioca", acrescenta Vera Lúcia.
Causas
Eis mais um misteriozinho a ser descoberto pela ciência, pois ainda não se sabe precisar uma causa, ou causas, certas para o desenvolvimento da doença celíaca. O que é possível afirmar, isso sim, é que alguns fatores predispõe para uma pessoa tornar-se celíaca. O primeiro deles é a carga hereditária, a genética. A incidência em parentes de primeiro grau é de 30%, enquanto afeta 4% dos portadores da síndrome de Down. A patologia atinge mundialmente duas vezes mais as mulheres do que os homens e também é mais recorrente em portadores da síndrome de Turner e pessoas com tireoidite.
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