Em um novo estudo publicado por pesquisadores dinamarqueses constatou-se que mulheres celíacas que não aderem à dieta sem glúten tem uma probabilidade significativamente maior de terem filhos prematuros ou com o peso abaixo do esperado no momento do nascimento.
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O estudo, conduzido por pesquisadores das Universidades de Arhus (Dinamarca), Cork (Dinamarca) e Manchester (Reino Unido) envolveu a análise do peso no nascimento e tempo de gestação de mais de 1400 bebês nascidos de mães celíacas no período entre 1979 e 2004. Destes, 1105 bebês nasceram de mães diagnosticadas com a doença celíaca há mais de 90 dias antes do início da gestação (consideradas pelos autores como ‘tratadas’, ou seja, teoricamente seguindo a dieta sem glúten), e 346 bebês nasceram de mães as quais foram diagnosticas com a doença celíaca apenas após o nascimento de seus filhos (consideradas como ‘celíacas não tratadas’ durante a gestação).
Os pesquisadores verificaram que, no caso de mães celíacas não tratadas (ou seja, que não haviam sido dignosticadas previamente à gestação), o peso dos bebês no momento do nascimento foi significamente menor do que o peso de crianças nascidas de mães não celíacas, mesmo daquelas com o mesmo tempo de gestação. Em média, o peso das crianças de mães não tratadas foi cerca de 100g mais baixo. Além disso, a probabilidade de parto prematuro também foi maior no caso das mães celíacas não tratadas.
Por outro lado, os autores não encontraram nenhuma diferença entre o peso e tempo de gestação de recém nascidos de mães não celíacas e o peso e tempo de gestação de recém nascidos de mães celíacas que já haviam sido diagnosticadas antes da gravidez. A partir destes resultados os pesquisadores sugerem que a adoção da dieta sem glúten parece ser capaz de reverter os efeitos da doença celíaca no peso final e tempo de gestação do feto. Além disso, a pesquisa mostra a importância do diagnóstico precoce da doença e da adoção da dieta sem glúten.
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