Veja quais são as doenças auto-imunes mais comuns
Artrite reumatóide: o alvo de ataque são os tecidos que revestem as articulações. Os principais sintomas são dores nas juntas, inchaço e sensação de rigidez nas articulações pela manhã. Atinge principalmente os dedos das mãos, punhos, joelhos, tornozelos e pés. A dor é simétrica, acomete os membros do lado direito e esquerdo.
Esclerose múltipla: o sistema imunológico causa lesões neurológicas graves e progressivas. Ao longo do tempo, a pessoa tem problemas de coordenação motora, redução da capacidade de visão e alterações na percepção sensorial. Entre outros sintomas, estão a sensação de cansaço, fraqueza nas pernas e problemas de memória.
Esclerodermia: os danos acometem as células que produzem o colágeno, substância que torna a pele elástica e que também está presente nas articulações. A doença atinge ainda pulmão, esôfago e rins. Entre os sintomas, estão o endurecimento da pele, aumento da sensibilidade dos dedos ao frio associado a dor e mudança em sua coloração (podem ficar brancos, azuis ou vermelhos).
Dermatite atópica: é uma inflamação cutânea crônica, clinicamente e histologicamente similar à dermatite de contato alérgica. Ela pode iniciar-se qualquer idade mas tem ocorrência em crianças (10 a 15%). São identificados pelo menos dois sub-tipos de dermatite atópica: um intrínseco (não-mediado pela IgE) e um extrínseco (mediado pela IgE). Isto desperta uma discussão sobre o papel dos alergenos como fatores desencadeantes da dermatite atópica, principalmante em crianças, onde o sub-tipo não mediado pela IgE prevalece.
Foi realizado uma revisão bibliográfica com enfoque em estudos in vitro e in vivo realizados recentemente e relacionados com a fisiopatologia da doença.
Os resultados mostram uma síndrome complexa que envolve diferentes estágios, iniciando pela forma intrínseca, evoluindo para a forma extrínseca e culminando com a forma auto-alérgica/auto-imune.
Referências: Allergy Clin Immunol Int: J World Allergy Org
Diabetes mellitus: é conhecida por diabete juvenil ou do tipo 1, pois seu diagnóstico ocorre na infância. É causada pela destruição auto-imune das células do pâncreas que secretam insulina. Sinais de alerta: sede excessiva, desejo freqüente de urinar, ganho de peso e cansaço.
Doença de Graves e tireoidite de Hashimoto: doenças auto-imunes da tireóide que causam sintomas distintos. Na doença de Grave, os anticorpos causam o hipertireoidismo, que deixa o paciente mais ansioso, com palpitações e tremor nas mãos, redução de peso e dificuldade de concentração. Na tireoidite de Hashimoto, a destruição na glândula tireóide causa o hipotireoidismo. Sintomas: cansaço, intolerância ao frio, depressão, ganho de peso, constipação e fraqueza.
Lúpus eritematoso: erupções avermelhadas se desenvolvem na face durante a doença. Pode atingir vários órgãos, incluindo o sistema nervoso central, os rins e o coração. Entre os sintomas, estão dor nas juntas, sensação de cansaço, anemia, rachadura na pele após exposição ao sol e depressão.
Psoríase: provoca alteração na multiplicação das células da pele, que se inflama. Surgem, então, placas avermelhadas principalmente no cotovelo, no joelho, no couro cabeludo e nas costas.
Vitiligo: provoca dano na produção de melanina, pigmento que dá cor à pele. O resultado disso são manchas brancas na superfície da pele, que podem aumentar com o tempo. Em alguns casos, ocorre estabilização.
Síndrome de Sjögren: o sitema imunológico provoca alterações nas glândulas lacrimais e salivares e nas mucosas do nariz, da vagina e do pulmão. Como conseqüência, o organismo parece secar. Sintomas: sensação de secura, redução da saliva, cansaço e inflamação pulmonar.
Doenças crônicas intestinais: as células de defesa se voltam contra o intestino, deixando a pessoa mais suscetível a inflamações. Sintomas: diarréia crônica, dor abdominal, náusea, cansaço, perda de peso, úlceras e dor nas articulações.
Doença celíaca: o dano é no intestino delgado e interfere na absorção de vitaminas. O paciente fica proibido de consumir glúten. Sintomas: dor e inchaço abdominal, diarréia crônica, perda de peso, anemia, gases, perda óssea, cansaço, depressão e dor nas articulações.
Fontes: Emília Sato (reumatologista da Unifesp) e Maria Fernanda Barca (endocrinologista do HC)
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